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PERSONAGEM DE INSPIRAÇÃO

 

  • Escolher um personagem de desenho animado que inspire na criação do seu personagem nesse espetáculo. 

O personagem de desenho animado escolhido para ser anexado a composição do meu personagem na peça é “Lindinha” um das “Meninas Super Poderosas”. Eu representarei Maria Aparecida, uma empregada doméstica que se assemelha a Lindinha quando se fala de ingenuidade e bondade. Aparecida é submissa ao seu patrão, assim como Lindinha aparenta ser em relação às outras duas super poderosas. Maria Aparecida tem esse lado “abestalhado”, de coração puro, mas ela também não é tão boazinha, tem seus momentos de fúria, assim como Lindinha.

  • Escolha uma ação desse personagem e uma peça do vestuário para compor seu personagem.

Escolhi do vestuário de Lindinha seu vestido azul claro com uma lista preta. Trouxe essas cores para meu figurino, usando uma calça preta de malha no tipo “legging” e uma blusa azul claro. A ação adotada foi o choro de Lindinha, que será usado para dramatizar meu personagem em determinada cena.

 

ASPECTOS GERAIS

  • Que idade ele tem?

49 anos.

  • De que maneira ele caminha?

De uma forma um tanto desengonçada com as pernas pouco tortas.

  • Como ele senta?

Com as pernas abertas e as mãos entre elas.

  • Como é sua voz?

Um pouco aguda.

  • Quais tiques ele possui (estalos de dedos, piscar continuamente)?

Estalar o elástico da calcinha (tirar a calcinha do bumbum).

  • Qual o TOC (transtorno obsessivo compulsivo) ele possui?

Seu TOC é limpar constantemente o trono de Edmilson com o seu pano de prato.

  • É portador de deficiência física ou mental? De que tipo?

Não.

  • Com quem esse personagem se parece do seu cotidiano? Por quê? (Não citar nomes, falar da função social, ex. com um professor, com minha vizinha)

Ela parece com uma amiga da igreja que tem como característica a bondade. Ela é meio “abestalhada”, é vendedora de uma empresa de cosméticos e professora.

  • Como ele se veste?

Ela se veste normalmente com roupas apertadas, porém não são indecentes.

  • Qual o tipo de música que esse personagem escuta?

Músicas do estilo brega.

  • Que lugares ele frequenta para trabalhar e para se divertir?

Ela trabalha na mansão do chefe da favela. Como local de divertimento ela vai para os barzinhos que tem na favela, tomar cerveja com suas vizinhas. 

  • Em que lugar ele vive no contexto da história?

Ela vive em uma casa muito simples no morro (Favela dos Reis), mas passa a maior parte do tempo no trabalho.

  • A que classe social ele pertence?

Classe baixa (pobre).

  • Pertence a alguma religião? Qual?

Ela não tem uma religião definida n peça, mas acredita em Deus. Se participasse de alguma, seria protestante.

  • Qual a sua profissão? Está interessado ou aborrecido ao executar os deveres de seu ofício (trabalho)?

Ela é uma empregada doméstica, está satisfeita com seu ofício, embora os problemas pessoais envolvendo seus patrões venham a interferir no seu trabalho.

  • Que nível de escolaridade possui?

Concluiu até o 5º ano do ensino fundamental.

  • Como é formada a sua família e que posição assume na mesma?                                                                                                                                    

É viúva, assume o papel de “ mãe e pai” ao mesmo tempo. Tem dois filhos. 

  • É cooperativo ou individualista em suas relações com os demais personagens?

Ela é cooperativa.

  • É rebelde ou obediente em relação às autoridades?

Em relação às autoridades, ela exerce uma função de submissão.

  • Como se relaciona com as pessoas em geral? E com a pessoa amada, caso tenha?

Com as pessoas em geral ela mostra ser uma pessoa prestativa, solidária e muito trabalhadora. Quando seu marido ainda era vivo, ela era muito apaixonada por ele.

 

SITUAÇÃO DRAMÁTICA

  • Qual o objetivo principal do personagem?

O objetivo principal dessa personagem é trabalhar para conseguir sustentar seus filhos.

  • Quais os obstáculos encontrados?

O obstáculo que ela encontra é a possibilidade de ser demitida ou assassinada por Edmilson (seu patrão), isso tudo por causa de um segredo dela que não envolve apenas ela, mas também ele, e sua família.

  • Qual o conflito central?

O conflito central acontece quando seu patrão desconfia que ela esteja envolvida em um grande   segredo, a partir daí ela se sente pressionada por ele, porque se ela não fizer o que ele manda, poderá ficar sem seu emprego ou até perder sua vida. Se isso acontecer, Aparecida não vai conseguir criar seus filhos.

 

 

Nathália Moana

Maria Aparecida

Relato de experiência como atriz

Atuar é uma arte um pouco distante da minha realidade, mas há quem diga que a vida é um palco, portanto estamos atuando o tempo todo. Mesmo com essa ideia de que atuamos constantemente, eu não me sinto muito à vontade interpretando alguém que eu não sou. Vale lembrar que nossa atuação diária é algo involuntário e não temos uma plateia e uma professora a nos julgar.

Só em imaginar que daqui a uma semana algumas centenas de pessoas vão estar olhando pra mim esperando o meu melhor, fico nervosa, principalmente porque a minha personagem é completamente diferente de mim. Maria Aparecida é uma empregada de uma favela, que tem medo de tudo, é submissa e com nível de escolaridade muito baixo.

O maior problema que eu encontrei ao interpretar Aparecida foi justamente transmitir a quem está assistindo, a sensação de medo, de fragilidade. Depois de muitos ensaios e broncas eu finalmente consegui sair de mim e entrar nela. A parte mais difícil, acho que para todo mundo, é justamente essa.

Criar essa personagem foi algo fácil; mas dá vida, nem tanto. Tomei como base algumas empregadas da televisão e “Lindinha” (desenho animado – uma das integrantes das “Meninas Super Poderosas”). Usei o azul, preto e branco no meu figurino e a fragilidade para lembra-la. O tique dela é algo bem “tenso” de ficar fazendo, porém, trouxe uma vida ao personagem, assim como seu TOC.

Cada coisa que eu precisei imaginar para formar Maria Aparecida, desde a maneira com sentar até sua história de vida permitiram um universo de possibilidades de atuação. Provavelmente, se eu não tivesse feito todo esse processo, ela não existiria. É bem interessante a transição do que está no papel para o que realmente é a personagem.

Foi muito bacana, perceber que pessoas enxergaram Maria Aparecida do jeito que ela é de verdade, tendo em vista que não tinha só o problema da atuação, como também o envelhecimento, pois ela tem 51 anos e eu, 16. Espero que dê tudo certo no espetáculo e que Maria Aparecida tenha um final feliz. 

 

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