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O santo e a porca
(Ariano Suassuna)

A obra de Ariano Suassuna, inspirada numa obra romana e adaptada para o cenário nordestino, é uma comédia que gira em torno da avareza de seu protagonista Euricão Árabe. Em seus três atos a peça mostra o poder da ambiguidade, a oposição entre o mundo divino e o mundo material e a habilidade de manipulação de uma das personagens, Caroba.
A trama se inicia com a carta de um fazendeiro rico para Eurico, que se diz interessado em seu tesouro. Achando que o fazendeiro, Eudoro, está falando da porca de madeira que guarda suas economias, Euricão fica aterrorizado. Ele é instruido por Caroba, sua funcionária, sobre como evitar perder seu dinheiro. Caroba por sua vez, sabe que o tesouro mencionado na carta na verdade é a filha de Eurico, Margarida; o viúvo Eudoro quer casar com a moça. O que o pretendente não sabe é que o segurança da moça, Dodó, é na verdade seu filho disfarçado. Dodó largou os estudos para namorar Margarida, trabalhando como seu guarda. Com a promessa de uma terra para morar com seu amante, Pinhão, Caroba desenha toda a trama para garantir que Margarida não se case com o fazendeiro. Ludibriada pela conversa de Caroba, a ex-noiva de Eudoro e tia de Margarida, Benona, entende que o fazendeiro pretende na verdade reatar o noivado com ela. Ainda desconfiado e obsessivo com sua porca, Euricão planeja enterrá-la para protegê-la de um possível larápio. Pinhão ouve tudo e tem a ideia de roubar o dinheiro. Ao fim do terceiro ato, após restituição da porca, Margarida fica com Dodó, Eudoro com Benona, Caroba com Pinhão e Eurico com as suas amadas economias.
O texto "O santo e a porca" é rico em demonstrações da cultura nordestina, estilo típico do autor, também de origem nordestina. Ariano Suassuna é um dos mais renomados escritores brasileiros. É dramaturgo, romancista e poeta e tem sua cadeira na Academia Brasileira de Letras.

Júlia Oliveira

É considerada pelos pesquisadores como a primeira peça de Shakespeare, com sua estréia nos palcos tendo ocorrido provavelmente em 1594. Os erros a que se refere o título são enganos provocados pelas pessoas que conversam alternadamente com um gêmeo e o outro, sendo um residente de Éfeso, onde se passa a ação, e o outro, estrangeiro. Os gêmeos são idênticos e têm ambos o mesmo nome: Antífolo. As confusões multiplicam-se, assim como a comicidade da trama, porque há mais um par de gêmeos idênticos em cena, os irmãos que atende pelo nome de Drômio.

Mateus Pereira

 

Autor

Ariano Vilar Suassuna nasceu em 16 de junho de 1927, na cidade de Nossa Senhora da neves, antiga capital da Paraíba. A infância passada no sertão familiarizou o futuro escritor e dramaturgo com os temas e as formas de expressão artística que viriam mais tarde constituir seu universo ficcional.. Recriou vários clássicos da literatura internacional e suas obras foram traduzidas para várias línguas. Hoje ocupa vaga na Academia Brasileira de Letras.

Obra

O casamento suspeitoso é uma obra Inteligente, divertida e bem colocada. Ambos adjetivos fazem jus ao seu Criador que, sim, pode ser chamado de Gênio. A obra escrita em forma de peça retrata uma série de falcatruas e planos astuciosos de Lúcia que, com a ajuda de sua mãe ( Susana) e de seu amante (Roberto), pretende dar o famoso golpe do baú em Geraldo - homem rico, apaixonado e residente de Taperoá. Porém, encontra uma série de obstáculos pelo caminho: Dona Guida - mãe de Geraldo, Cancão e Gaspar - amigos fura olho de seu futuro marido. Lúcia vem de outra cidade junto com a mãe e o amante (que finge ser seu primo para que ninguém desconfie). Os três querem que o casamento seja realizado o mais rápido possível para terem logo sua vida de luxo. Geraldo por sua vez, completamente apaixonado e cego, fica dividido entre Lúcia e sua mãe Dona Guida - Que desconfia das verdadeiras intenções dos três e não é de acordo com o casamento. Cancão e Gaspar descobrem o que os três estão tramando e tentam impedir, mas no fundo são interesseiros que querem o dinheiro de Geraldo e não querem que outras pessoas tomem seus lugares. Os rivais ficam ameaçando um ao outro, até que no final decidem se unir, pelo menos é o que Lúcia acha. Na realidade eles fingem ser amigos para puxar o tapete de seus rivais em seguida. Na história entram corruptos, um falso padre e no final o casamento é invalidado. As mascaram caem e os vilões (ao menos a maioria deles) tem o final que merecem.

Renata Sabrinne

Osman Lins participou da vida literária e cultural do Brasil desde o ano da publicação de seu primeiro romance, em 1955, até sua morte, em 8 de julho de 1978. Autor de uma obra vasta e variada (contos, romances, novelas, peças de teatro, livros de viagem, poesias, casos especiais para televisão, ensaios e artigos), este pernambucado sempre deixou claro que a sua paixão era escrever.

Primeira peça do autor a ser encenada, Lisbela e o Prisioneiro é, com certeza, a que teve mais alcance de público, com estrondoso sucesso. É uma comédia, a qual tem suas ações desenroladas na cadeia de Vitória de Santo Antão (cidade onde o autor nasceu), onde Lisbela é a filha do Tenente Guedes (delegado da região, que busca sempre manter a ordem no seu local de trabalho, mas nem sempre isso acontece) e o prisioneiro, Leléu, é uma espécie de Don Juan nordestino (mulherengo, que vive trocando de nome e cidade). Formando um par amoroso "fora dos padrões", esses personagens assumem riscos em nome de sentimentos imensos.

Lisbela, enfrentando a autoridade patriarcal,  foge com Leléu no dia de seu casamento com Dr. Noêmio, um advogado vegetariano, que é um personagem divergente do meio em que se encontra. A jovem prefere Leléu, o artista de circo prisioneiro (sinônimo de risco e subversão aos valores de seu meio) ao marido, doutor, representante do estabelecimento e da segurança. Como exemplo de uma personagem que atua com força, Lisbela ainda livra Leléu da morte ao atirar em Frederico (assassino profissional, à procura de Leléu, que deflorou sua irmã), quando este apontava a arma para o prisioneiro, pouco antes do desfecho da peça. Outros personagens aparecem no decorrer da peça, como: Jaborandi (soldado e corneteiro, afeiçoado a fitas em série), Testa-Seca e Paraíba (outros presos); Juvenal (soldado); Heliodoro (cabo de destacamento, casado, mas apaixonado por uma jovem, chegando a forjar um falso casamento com ela); Tãozinho (vendedor ambulante de pássaros, que se envolve com uma mulher casada); Lapiau (artista de circo, amigo de Leléu, que participa da farsa de casamento de Heliodoro com a jovem, atuando como frade) e Citonho (o velho carcereiro, esperto e dinâmico, cúmplice de Lisbela e Leléu). A peça tem seu desfecho quando Lisbela decidi ir embora com Leléu após a morte de Frederico e discussão com o seu pai, que depois de muito relutar, se despede da filha dizendo: "Seja feliz...se puder.".

Uma peça regada  por uma equilibrada dosagem de leveza, comicidade e ternura, Lisbela e o Prisioneiro pode ser lida com prazer tanto pelo leitor que busca apenas o divertimento como por aquele mais exigente, que procura significações profundas oferecidas pela peça.

Beatriz Lopes

OBRA E AUTOR 

 

“A Megera Domada” está elencada nos teatros shakespearianos. Trata-se de uma comédia de costumes, escrita entre 1593 e 1594. Sua história é baseada numa guerra de sexos e focaliza o matrimônio e as disparidades existente em seu contexto histórico. 
A começar, podemos destacar a “Megera” (Catarina) que simplesmente não se deixa levar pelos galanteios daqueles que querem seu dote, agindo de maneira grotesca para com seus pretendentes. Em lado oposto, temos a doce e meiga Bianca que sonha com seu príncipe encantado. Ambas são filhas do senhor Batista, esse impõe para a segunda que ela só poderá casar-se quando sua irmã também assim o fizer. Sabendo que Catarina não pretende se render ao matrimônio, inicia-se um conflito entre os pretendentes à mão de Bianca. Eles precisam encontrar um alguém suficientemente maluco e corajoso para domar a irmã mais velha.
Eis que esse alguém surge: Petrúquio, um fidalgo de Verona que vislumbra o dote. Ele é um sujeito rude com hábitos bem distantes da educação dos outros cavalheiros. Seu comportamento vai de encontro ao temperamento explosivo de Catarina, causando brigas entre os amantes. No decorrer da história, depois de algumas várias desavenças o casamento acontece mesmo que seja sem o consentimento da noiva. E assim Bianca se vê livre para casar com seu amado Lucêncio. O livro toma um desfecho já insinuado pelo próprio título da trama: Catarina, a megera implacável é finalmente domada. O que sugere uma submissão da mulher perante ao homem. Algo comum àquela época.
William Shakespeare é o poeta e dramaturgo inglês mais famoso do mundo. Nascido em Stratford-upon-Avon no dia 26 de Abril de 1564, teve seus temas traduzidas para os principais idiomas e sua vida pessoal até hoje é cercada de mistérios. Suas obras são eternizadas e simplesmente fantásticas. William começou uma carreira bem-sucedida em Londres como ator, dramaturgo e proprietário da companhia de teatro Lord Chamberlain's Men, mais tarde conhecida como King's Men. Falaceu em 23 de Abril de 1616.

Nathália Moana

Considerado pela crítica como “o texto mais popular do moderno teatro brasileiro”, o Auto da Compadecida é uma peça teatral ambientada no Nordeste do Brasil que narra às peripécias de Chicó e João Grilo. A primeira aventura deles, que ocorre na primeira parte da peça, foi a do enterro da cachorra, onde tentam a todo custo convencer o vigário a enterrar a cachorrinha da patroa deles, após muitas tentativas sem sucesso João Grilo inventa a história do testamento da cachorra. As duas próximas peripécias, ambas encontradas na segunda parte da peça (que pode ser dividida em três atos), apresentam um gato que supostamente “descome” dinheiro e de um instrumento musical que seria capaz de ressuscitar os mortos.No último ato da peça ocorre o julgamento dos personagens que foram mortos por Severino de Aracaju, e do próprio Severino, morto por uma facada de João Grilo. A história termina com João Grilo sendo "ressuscitado" e tendo que entregar o dinheiro que conseguiu para a Comparecida, pela promessa feita por Chicó, caso João voltasse a viver.
Ariano Suassuna é um escritor nascido em João Pessoa, Paraíba. É poeta, romancista e dramaturgo. Para defender a cultura da sua região, o autor lançou o Movimento Armorial, que se interessava pelo conhecimento e desenvolvimento das formas de expressão populares tradicionais.

Joana Rosa

 

William Shakespeare nasceu aos 23 de abril de 1564 em Stratford-Avon, Inglaterra, e gozou de uma vida rica até os 12 anos. A partir de então, com a falência do pai, foi obrigado a trocar os estudos pelo trabalho árduo, passando a contribuir para o sustento da família. Guardava, entretanto, os conhecimentos adquiridos na escola elementar, na qual havia iniciado seus estudos de inglês, grego e latim. Além disso, continuou a ler autores clássicos, poemas, novelas e crônicas históricas. Atribui-se a William Shakespeare a autoria de 37 ou 38 peças, das quais destacam-se Antony e Cleópatra, Rei Lear, Hamlet, Otelo, A Tempestade, A comédia dos erros, A Megera domada, Macbeth etc. É impossível estabelecer as datas exatas das obras de Shakespeare, mas pode-se classificá-las em quatro grandes grupos, que representam os períodos de sua vida, da juventude à velhice: As obras do primeiro período são marcadas por sonhos juvenis e pelo espírito exuberante; O segundo período foi o das grandes crônicas e comédias românticas; Depressão e tristeza marcam terceiro período. O motivo de ou a desilusão que levou o dramaturgo a sentir-se deprimido durante essa fase da vida, não se sabe ao certo. No quarto período a tempestade abrigada no espírito de Shakespeare parece ter desvanecido. Assim, o gênio William Shakespeare completa seu ciclo vida sem diminuir seu poder poético e com um retorno quase divino ao seu apogeu na literatura universal.

Texto escrito na fase final da carreira de William Shakespeare como dramaturgo, O Conto de Inverno é considerado uma tragicomédia, discorrendo sobre intensas tristezas e alegrias que atravessam a vida das personagens. Ambientado nos reinos da Sicília e da Boêmia, a peça nos apresenta a linda amizade entre os reis Leontes (Sicília) e Políxenes (Boêmia), amizade esta que será abalada quando o primeiro é acometido por ciúme paranoico que o consome fortemente, cegando-o e levando-o a assumir posturas opressivas diante do reino, e especialmente com sua rainha – Hermione - que chega a ser enclausurada prestes a dar à luz. Uma série de acontecimentos trágicos se dão a partir da postura tirânica que Leontes passa a assumir, mas as nefastas consequências deste ciúme não são suficientes para limitar O Conto a uma tragédia. O tempo se encarrega de promover (re)encontros inundados de emoção e surpresas que afirmam a beleza e o lirismo deste Conto que versa, a cada ato, sobre o universo da ficção.

Lucas David

 

Escrita em 1962, a obra traz como personagem principal o prefeito da cidade litorânea de Sucupira, Odorico Paraguaçu. Antes de ser eleito, Odorico promete construir um cemitério para os moradores da cidade, devido ao incômodo do deslocamento a cada vez que algum cidadão falecia. Após sua eleição, cumpriu o que havia prometido. Porém, dois anos depois, nada do cemitério ser inaugurado. Isso mesmo, faltava gente morta em Sucupira, gerando assim intrigas com a oposição, como o jornalista Neco Pedreira, que dizia que o cemitério era um “elefante branco”. Assim, o prefeito utiliza métodos hilários e inimagináveis na busca de um defunto. E é dessa forma, inusitada e cômica, que Dias Gomes mostra a realidade política do nosso país, que não mudou muito dessa época para a atual.

 

Alfredo de Freitas Dias Gomes nasceu em Salvador, no dia 19 de outubro de 1922. Escreveu sua primeira peça aos 15 anos, “A Comédia dos Moralistas”. Estreou, em 1942, no teatro profissional com a peça “Pé-de-cabra”, que foi censurada pelo Estado Novo. Suas obras apresentam tendências esquerdistas e criticavam a engrenagem social. Foi casado com Janete Clair, que escrevia novelas para a Rede Globo. Conquistou inúmeros prêmios. É reconhecido nacional e mundialmente. No cinema, recebeu a Palma de Ouro do Festival Internacional de Cinema de Cannes. Também escreveu telenovelas, começando em 1969 com “A Ponte dos Suspiros”. Fez grande sucesso com as novelas “O Bem Amado” (1973), “O Espigão” (1974), "Saramandaia “(1976) e "Roque Santeiro" (1985).Faleceu no dia 18 de maio de 1999, em um acidente automobilístico.

Júlia Calistrato

Ariano Vilar Suassuna é um famoso escritor nordestino, nascido em João Pessoa. Apesar de ser filho de uma família nobre, Ariano, passou por grandes obstáculos em sua vida. Seu pai fora assassinado quando era Deputado Federal, no Centro do Rio de Janeiro, antiga Capital Federal, no ano de 1930, quando Ariano tinha apenas três anos de idade.Iniciou seus estudos em 1934, no internato do Colégio Americano Batista, em Recife, cidade que adotou como sua terra natal até os dias de hoje. No ano de 1947, publicou sua primeira peça teatral, intitulada de Uma mulher vestida de sol. Com essa peça recebeu o prêmio Nicolau Carlos Magno. Atualmente, está com 85 anos de idade e atua na política como Secretário de Assessoria, do governador do Estado de Pernambuco, Eduardo Campos.

O Castigo da soberba é uma peça teatral de Ariano Suassuna, escritor paraibano radicado em Recife. A peça foi escrita em 1952. A obra começa falando de um Barão e sua Mulher (não especifica nome de ambos) que viveram no luxo e soberba por boa parte das suas vidas. Certo dia, perderam todos seus bens e logo tiveram um filho, que viveu na então miséria da família. Devido a dificuldades, o menino nunca buscou ir à igreja. Quando morreu, ao subir ao Céu, implorou a Jesus e Maria para poder entrar. Jesus a principio, não permitiu que ele entrasse, pois o jovem nunca o havia buscado. Porém, Maria consegue mudar a decisão de Jesus. Vale ressaltar que o Cão estava também na disputa pela Alma do jovem."

Lucas Leandro

Autor - MOLIÉRE:
O seu verdadeiro nome é Jean-Baptiste Poquelin, mas é realmente conhecido por Moliére. Trata-se de um dramaturgo francês que já foi também ator e encenador, e é considerado um grande mestre no que se diz respeito à comédia satírica. Uma de suas características era usar suas obras para fazer críticas aos costumes de sua época.
Obra - ESCOLA DE MULHERES:
Esse livro, baseado em peça teatral, conta a história do grande carrasco dos maridos traídos de Paris. Chamado Arnolfo, esse carrasco, aos quarenta anos de idade, resolve se casar. Porém, sabendo que o feitiço poderia virar contra o feiticeiro, toma uma iniciativa diferente para não correr este risco, mas mesmo assim, como diz na própria obra, "Ninguém, de acasos tais, pode-se julgar a salvo". A peça em que o livro se baseou foi apresentada pela primeira vez em 26 de dezembro de 1662.

Luiz José

Martins Pena (Luís Carlos M. P.), teatrólogo, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 5 de novembro de 1815, e faleceu em Lisboa, Portugal, em 7 de dezembro de 1848.Fez parte e está na história da academia brasileira de letras , ele é patrono da cadeira de número 29  por escolha do fundador Artur Azevedo.

Martins era filho de João Martins Pena e Francisca de Paula Julieta Pena. Ficou órfão de pai com um ano de idade e de mãe aos 10. Formou-se em comércio em 1835, mas cedeu a vocação e começou a frequentar a academia de belas artes, onde estudou arquitetura, estatuária, desenho e música, concomitantemente estudava línguas, história, literatura e teatro. Em 1838, entrou para o ministério dos negócios estrangeiros, onde exerceu a função de diplomata. Faleceu em 1848,devido à tuberculose que o atormentava,veio a falecer em Lisboa, ele estava a caminho do Brasil.

É notável que ele seja de uma grande importância e dentre essa importância toda se destaca o seu trabalho como teatrólogo. Martins teve uma imensurável contribuição para a literatura brasileira, ele foi o fundador da comédia de costumes.

Desde o juiz de paz na roça, comédia em um ato, representada pela primeira vez. Em 4 de outubro de 1838, no teatro de são Pedro, até "A barriga do meu tio", comédia burlesca em três atos, representada no mesmo teatro em 17 de dezembro de 1846, ele escreveu aproximadamente 30 peças, ele tinha obras assim como tinha anos de idade, pois ele faleceu com 33 anos.

O caráter geral de todas as suas peças é o da comédia de costumes. Dotado de singular veia cômica, escreveu comédias e farsas que encontraram, na metade do século XIX, um ambiente receptivo que favoreceu a sua popularidade. Envolvem, sobretudo a gente da roça e do povo comum das cidades. Sua galeria de tipos, constituindo um retrato realista do Brasil na época, compreende: funcionários, meirinhos, juízes, malandros, matutos, estrangeiros, falsos cultos, profissionais da intriga social, em torno de casos de família, casamentos, heranças, dotes, dívidas, festas da roça e das cidades.

Foi, dessa forma, Martins Pena, quem imprimiu ao teatro brasileiro o valor da nação, apontando o rumo a se seguir no ramo teatral naquela época. Vale salientar que a sua arte cênica até os dias atuais ainda é representada com êxito.

Napoleão José

Na cidade de Stratford, Inglaterra, no ano de 1564, nascia um menino filho de pais ricos e influentes em sua cidade natal e que, posteriormente, se tornaria um dramaturgo e poeta de renome, William Shakespeare. O Bardo, como também é conhecido, produziu mais de 150 sonetos e mais de 35 peças, sendo Hamlet e Romeu e Julieta as mais conhecidas, durante toda sua carreira teatral. Muitos admiram-no, e mesmo que não gostem de seu trabalho, provavelmente já ouviram a famosa frase de seu personagem Hamlet: "Ser ou não ser: eis a questão". 
Em 1596, esse grande escritor de tragédias e comédias, pai de três filhos (sendo um, Hamnet, falecido nesse mesmo ano) e membro da trupe de Lord Chamberlain, escreveu uma obra que, mais tarde, se juntaria a sua coleção de clássicos: "A Midsummer's Night Dream", traduzida para o português como "Sonho de uma Noite de Verão", uma história que mistura amores e desamores, realidade e fantasia, brigas e reconciliações, confusões e finais felizes. Essa obra trata-se de um momento na vida de dois rapazes, Lisandro e Demétrio, e duas moças, Hérmia e Helena, todos incertos de quem amam e por quem são amados, ao passo que narra a convivência de fadas e duendes num bosque próximo a Atenas. Sonho de uma Noite de Verão e uma daquelas narrativas pelas quais o leitor se apaixona a primeira leitura.

Hugo Matos

 

A Revolução das Mulheres é uma comédia satírica de Aristófanes que critica a sociedade de sua época ( 400A.C.). Nela, a eloquente Valentina encabeça um movimento no qual as mulheres de Atenas vão para a assembleia, apenas frequentada por homens, vestidas com a roupa de seus maridos e barbas postiças, para juntas aprovarem um projeto de lei no qual todo o poder político deve ser entregue as mulheres que são conservadoras e cuidariam do estado como de seus filhos, enquanto os homens andam aprovando leis para beneficio próprio e afundando o Estado com sua robalheira e corrupção. O golpe ocorre com sucesso e a partir daí as mulheres assumem o governo com leis inovadoras ou até exóticas...

A primeira lei decreta que todos os moradores devem entragar seus bens para o estado para que esse os distribua igualmente em um "fundo comum" (espécie de socialismo), já a segunda decreta que um homem novo so poderá manter relações sexuais com uma moça se antes ficar com uma idosa e vice-versa, até que três senhoras decidem brigar pelo mesmo rapaz e Valentina para resolver a situação o toma para si.

Aristófanes foi um dramaturgo altamente satírico que nasceu em 447a.C e morreu em 386d.C, suas obras eram carregadas de criticas ácidas, porém em forma de piada. Por ter desde vivido durante a Idade de Ouro de Atenas até sua decadência, esse tentava trazer em suas obras os ideais de senso político e valores democráticos que se perderam com o tempo; além de se posicionar em outras questões sociais, como a participação da mulher na sociedade ou as guerras entre Atenas e Esparta, entre outros.

Fernanda Sena

Autor:

Alfredo de Freitas Dias Gomes ou apenas Dias Gomes, como é mais conhecido, foi um dramaturgo, autor de telenovelas e membro da Academia Brasileiras de Letras, que nasceu em Salvador, 19 de outubro de 1922. Aos seus 15 anos ele escreveu sua primeira peça “A comédia dos moralistas”. Os textos de Dias tinham grandes influências maxistas, que até ele se filiar à Juventude do Partido Comunista Brasileiro, no final dos anos 30, até então nunca tinha lido sobre Karl Marx. Um empurrão na sua carreira foi com o ator Procópio. Mas a sua consagração só veio com a premiada “O pagador de promessas” em 1959, e em 1960 levada ao cinema por Anselmo Duarte. Ele declarou também ter feito mais de 500 adaptações de clássicos para rádios. Passou um tempo na lista negra do governo, e que por isso fazia obras anônimas e pedia para que outros assinassem para ele conseguir ganhar dinheiro. Depois disso entrou para a TV, onde criou várias novelas. Dias Gomes também chegou a escrever minisséries, seriados e romances. Em 18 de maio de 1999, sofreu um acidente de carro que veio a falecer. 

 

Obra:

Esse texto teatral conta os últimos dias de vida de Getúlio Vargas. Ela foi escrita em 1983, nos últimos tempos da ditadura militar, quando o Brasil estava caminhando de volta para a Democracia. O diferente nessa história, é que ela se passa numa escola de samba, como enredo.

A história é a seguinte: Simpatia venceu as eleições na escola de samba e virou o presidente e queria fazer um enredo sobre Getúlio Vargas, mas não tem dinheiro porque o dinheiro da escola de Samba estava nas mãos de Tucão (inimigo de Getúlio) que é um bicheiro, banqueiro, que era o coronel da escola de Samba, até ser derrotado pro Simpatia. Na peça, o primeiro governo de Vargas, que durou 15 anos, entre 1930 até 1945 é todo representado como um desfile de escola de samba, e nela tem uma ala que represente os Gaúchos que entraram no poder na revolução de 30, outra ala que representa os Paulistas Lutando contra os Gaúchos, e outra Ala que é quando os comunistas entram na disputa e os Gaúchos e Paulistas sem juntam para lutar contra eles, e uma ultima ala que representa o golpe de Estado. O ponto alto da peça é mostrando o segundo governo de Getúlio, que é o governo bem democrático, mostrando a criação da Petrobrás, e que o Estado Unido tentou enfraquecer o governo deixando de comprar o café brasileiro, depois disso mostra o atentado contra Carlos Lacerda, que mata o Major da Aeronáutica, e causa uma crise política, que deságua no suicídio de Vargas, sendo que isso tudo ainda sendo contado como desfile de escola de samba. O maior drama da peça é conseguido pelo desenvolvimento de duas tramas paralelas: uma que já aconteceu e outra que está acontecendo que é a tentativa de tornar esse enredo realidade pelo Simpatia, que também iria representar Getúlio no enredo, e que no final é morto pelos capangas de Tucão. A peça é contada toda em prosa e verso, que lembra muito um cordel (influências de Ferreira Gullar).  

 

Felipe Beniz

A obra O Mercador de Veneza, foi escrita por volra de 1596, pelo autor William Shakespeare - considerado o dramaturgo mais popular do mundo.
A peça teatral se passa em Veneza, na Itália, em meados do século XVI, e conta diferentes culturas, o que trouxe muita repercussão a obra. É classificada como comédia, embora possua algumas características em comum com comédias românticas do autor; a peça é bem marcada por cenas dramáticas do personagem Shylock. 
O Mercador de Veneza conta a história de Antônio, que para ajudar o amigo Brassânio financeiramente pede emprestado dinheiro a Shylock - um rico agiota e judeu - que ja havia sofrido preconceitos do próprio Antônio - que é cristão. Antônio promete uma libra de carne extraída de seu próprio corpo pela dívida, caso não seja paga no prazo. Brassânio, amigo de Antônio, e moço de poucas posses, usa o dinheiro emprestado por Shylock, onde Antônio serve de fiador, para poder concorrer a mão da bela Pórcia, uma moça rica, onde o pai deixa em testamento o desejo que a filha se case. No dia estipulado pro pagamento da dívida, os navios de Antônio se perdem no mar, e ele fica sem ter a quantia para pagar a Shylock, que recorre a justiça pra execução do contrato. Pórcia ha casada com Brassânio, resolve ajudar secretamente, disfarcando-se de advogado, e entra no tribunal para defende-lo. 
O Mercador de Veneza termina reconhecendo a vaidade a oposição levantada pelo devedor, quem contrata, quer que se concretize; mas com muita expressividade ele mostra que não há como retirar a xarne sem levar uma parcela de sangue.

 

Fernanda Ferreira

A comédia dos erros (William Shakespeare)
Lisbela e o prisioneiro
(Osman Lins)
Escola de mulheres
(Moliére)
Vestido de noiva
(Nelson Rodrigues)
O Mercador de Veneza
(William Shakespeare)
Juiz de paz da roça
(Martins Pena)
 
Vargas [Dr. Getúlio, sua vida, sua glória]
(Dias Gomes e Ferreira Gullar)
A revolução das mulheres
(Aristófanes)
 
O casamento suspeitoso (Ariano Suassuna)
Auto da compadecida
(Ariano Suassuna)
A megera domada
(William Shakespeare)
O conto de inverno
(William Shakespeare)
O bem amado 
(Dias Gomes)
O castigo da soberba
(Ariano Suassuna)
O sonho de uma noite de verão
(William Shakespeare)
 
A Mandrágora
(Nicolau Maquiavel)
O Vôo do cavalo do cão
(Racine santos)

Nelson Falcão Rodrigues (23 de agosto de 1912 - 21 de dezembro de 1980), jornalista e escritor pernambucano, já obteve seus primeiros sinais de prestígio no cenário teatral com sua primeira peça, "A mulher sem pecado, mas o deslanche mesmo para o sucesso veio com "Vestido de noiva", que trazia toda uma renovação do ponto de vista teatral na época. Com as inovações que trazia, iniciou-se um processo de modernização do teatro brasileiro e sua consagração se seguiu com várias outras obras, mesmo tendo suas peças muitas vistas com obscenas e imorais.
Em “Vestido de noiva”, ele conta (em três planos que se intercalam) a história de Alaíde, uma jovem e rica carioca que sofre um acidente e, enquanto tem alucinações com uma mulher que superestimava, a Madame Clessi, médicos tentam reanimá-la e jornalistas locais correm para conseguir uma cobertura do ocorrido.
No plano da alucinação, ao longo da história, Alaíde presencia momentos da vida e fim de Clessi, e quando é acusada de assassinato, é levada a lembrar dos motivos que a levaram cometer tal fatalidade. Por meio do plano da memória, vai lembrado dos detalhes. O mistério, até certo ponto, gira em torno de uma mulher de véu e de outra chamada Lúcia, que são, na verdade, a mesma pessoa, irmã de Alaíde.
Posteriormente, ela descobre que, na verdade, não matou o marido, e, no plano da memória, discute com Lúcia pouco antes de seu casamento casamento com Pedro, alguém que andava flertando com Lúcia, onde é acusada de sempre roubar os namorados da irmã e é revelado que seu noivo e sua irmã planejam matá-la para ficarem juntos. Até que por fim, no plano da realidade, ela morre e Pedro e Lúcia se casam.

Victor Silva

Nício, um velho rico e tolo, é casado com a jovem e ardente Lucrécia. Após vários anos de matrimônio estéril, Nício quer a todo custo ser pai. Calímaco está apaixonado por Lucrécia e decide enganar o velhote. Ele se disfarça de médico e procura Nício, dizendo ter a solução para o seu problema. Calímaco aconselha Nício a dar uma infusão de mandrágora a Lucrécia. A infusão a tornará fecunda, mas tem um terrível efeito colateral: o primeiro homem que tiver contato sexual com ela morrerá, mas Calímaco resolve o problema, propondo arranjar um vagabundo qualquer para ser sacrificado. Nício se mostra satisfeito e concorda com o plano.Lucrécia resiste longamente ao plano de Nício, até que o vagabundo é trazido até sua presença. Ela percebe que se trata do próprio Calímaco, devidamente disfarçado. Lucrécia compreende o jogo e acaba cedendo. Ela acaba por se apaixonar por Calímaco, o qual, revertendo depois ao seu papel de falso médico, volta a gozar da inteira confiança de Nício.

O filósofo, escritor, político e historiador italiano Niccoló Machiavelli – Nicolau Maquiavel - nasceu em 3 de maio de 1469. Patriota durante a vida toda e ferrenho defensor de uma Itália unificada, Maquiavel tornou-se um dos pais da moderna teoria política. Aos 29 ano entrou para a política, como secretario de defesa, destacou-se ao executar políticas que acabaram por fortalecer Florença. Chegou a encontrar com personalidades da época, como o príncipe Luiz XII, da França. Durante sua vida escreveu alguns livros como: O príncipe;
Discursos sobre os dez primeiros livros de Livy; História de Florença. Escreveu ainda uma peça: A mandrágora.

Ricardo Santos

Autor - Racine Santos:

 

Racine Santos nasceu em 1948, é nosso conterrâneo mas passou grande parte de sua infância/ adolescência em Macaíba (mais ou menos 25 Km de Natal). Teve seu primeiro contato com a cultura popular quando era novo, lendo seus primeiros folhetos de poesia.De 1961 a 1965 foi para Recife estudar, onde conheceu vários autores famosos, como Ariano Suassuna, Hermilo Borba e o artista plástico Abelardo da Hora, sendo esses três citados pelo próprio Racine como os mais influentes na sua formação cultural e na forma de enxergar o nordeste e o povo que aqui vive.Para os que não conhecem, Racine, que além de ter trabalhado como diretor, produtor e editor, também já foi ator, mas sua carreira entrou em declínio após um acidente que o impossibilitou de continuar atuando, afastando-o do palco, mas não do teatro. Também ficou bastante conhecido um tempo depois por se tornar fundador e diretor da Associação dos Dramaturgos do Nordeste.Autor de mais de uma dezena de peças, tem na cultura popular do Nordeste sua grande fonte, não para reproduzi-la, mas como meio de entender sua gente e falar para ela de maneira direta e viva. Além da três peças publicadas neste volume, são de sua autoria, entre outras: A Festa do Rei, A Farsa do Poder, Elvira do Ypiranga, A Ópera do Malazarte, Maria do Ó, Chico Cobra e Lazarino, O Vôo do Cavalo do Cão, Bye Bye Natal ( Musical), O Autor do Boi de Prata e a infantil, O Congresso das Borboletas.

 

Obra - O Vôo do Cavalo do Cão:

 

O livro possui poucas personagens e um enredo relativamente curto. As personagens que aparecem ativamente na história são: o soldado Cancão, que fica famoso por deter o delinquente conhecido pelo nome de Cavalo do Cão; O faxineiro da delegacia, que também se apresenta como repentista e é desafiado por Cancão a arriscar a vida pela poesia, e por fim, o meliante conhecido como Cavalo do Cão, que é acusado de vários crimes no decorrer da história.O livro tem como cenário uma delegacia de polícia onde Cavalo do Cão, o personagem principal da trama, está preso desde a noite anterior depois de ser detido pelo soldado Cancão por ter matado um rapaz em um comício por causa de uma rivalidade política e acredita que será posto em liberdade pela mão do chefe político local, quando o inesperado acontece, pressionados pela revolta popular, os lideres políticos criam um discurso, que é apresentado num mercado da cidade, para justificar o ''cancelamento'' de suas respectivas candidaturas e unem-se em um só palanque e Cavalo do Cão é abandonado a própria sorte.

Leonardo Goulding

Édipo Rei
(Sófocles)

Viveu entre os anos 495 e 405 a.c.; Nasceu e morreu na Grécia, tendo realizado e participado de diversas atividades importante como funcionário público. Porém, sua maior vocação era como dramaturgo, inovou o teatro de sua época e escreveu mais de 125 peças, sendo a tragédia de Édipo a mais conhecida, não somente por seu caráter teatral mas também devido a sua grande importância na Psicanálise. Vale salientar que Sófocles teve pais muito ricos, o que foi fundamental para que ele pudesse fazer tudo o que fez. Édipo Rei Édipo era o sábio rei da cidade de Tebas, mas uma grande epidemia se instala na cidade e ele, sem saber o que fazer, consulta o oráculo que diz "para voltar à prosperidade o assassino do antigo deve ser morto, seja ele quem for"; Dedicado como era, foi ele mesmo investigar. Algum tempo depois o cego vidente da cidade declara que o assassino de Laios, o antigo rei, é seu próprio filho Édipo, o atual rei. O vidente foi expulso e ninguém conseguia acreditar em tamanho absurdo, mas depois que as origens de Édipo vieram à tona tudo fez sentido. O rei Laios recebeu a profecia de que seu primeiro filho iria matá-lo e desposar sua própria mãe, para evitar isso Laios mandou matar o menino logo depois do nascimento, mas a pessoa que deveria matá-lo não o fez. Édipo foi adotado e quando cresceu ficou sabendo de sua profecia. Desesperado, fugiu. Mas a profecia se referia a seus pais biológicos, e nas estradas que trilhava virou o assassino de seu próprio pai. Depois resolveu o enigma da esfinge e virou o rei de tebas, salvando a cidade do sofrimento e ganhando uma rainha como esposa, sua própria mãe. A profecia havia se realizado; ficando isso claro para todos, a rainha se matou e eventualmente Édipo também.

 

Victor Hugo

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