
Primeiramente quero dizer que esse tempo como sonoplasta da Obra de Arte, provavelmente, será um dos momentos mais singulares que terei na vida, e que é uma grande honra trabalhar com as pessoas com que estou trabalhando. Mesmo com nossa imaturidade no campo teatral, conseguimos criar um grande espetáculo, além de fortalecer os laços de amizade e conseguir aprender um pouco de tudo envolvendo essa arte.
Uma das coisas mais importante que aprendi com esse semestre de artes cênicas foi que, diferentemente do cinema ou telenovela, no teatro, uma das intenções dos artistas é fazer o seu público imaginar o universo onde se passa o drama com a ajuda apenas de poucos detalhes de cenário e som. O meu maior problema foi justamente fazer o contrário, tentei reproduzir sonoramente cada detalhe de cada espaço presente na história de Edimilson, o que acabou me fazendo perder algumas horas à procura de sons característicos sem sucesso. Com o desenvolver do processo de criação do espetáculo e com alguns ensaios, pude perceber que o mesmo que acontece com o teatro em geral se aplica na sonoplastia, tudo o que eu precisava era procurar algo que sugerisse o que se passava, o resto acontece na imaginação do espectador. Com isso, puder mudar o que já tinha feito, o que tentava passar extremo realismo se transformou no que é agora e, em cada cena, consegui fazer o que esperava, sempre procurando, agora, deixar tudo mais simples e ainda assim fazer o público “sentir” nossa história, que é justamente o que faz a sonoplastia tão importante numa peça.
NO DIA 18 DE SETEMBRO, ÀS 17h, NO AUDITÓRIO DO IFRN-CNAT, quando “O Rei, o Cego e Pecado” for finalmente mostrado ao público, sentirei saudades de quase tudo o que passei, principalmente das tardes de ensaios com o resto da companhia.
Francisco Victor
Relato de experiência como sonoplasta




