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Thaís

Personagem de inspiração

 

  • Escolher um personagem de desenho animado que inspire na criação do seu personagem nesse espetáculo. Faça um texto comentando a escolha e afinidades encontradas.

Para a criação do meu personagem eu escolhi o pássaro Nico, do filme Rio. Assim como a minha personagem Nico é apaixonado por música e samba. Adora cantar e dançar, e participa do Carnaval com seu amigo, também pássaro, Pedro. Minha personagem também está sempre cantando com seu grupo de pagode e ama o que faz. Fisicamente, Nico é um pássaro pequeno de penas amarelas. Ele usa uma tampinha de garrafa como chapéu, com uma estampa que lembra o calçadão de Copacabana. Nico apresenta um temperamento tranquilo e mesmo em situações-problema ele mantém a tranquilidade e o bom humor, assim como a minha personagem.

 

  • Escolha uma ação desse personagem e uma peça do vestuário para compor seu personagem.

A cantoria durante a história, para criar clima e narrar algum fato, e o chapéu sempre como parte do figurino serão os aspectos de Nico que eu refletirei em Thaís.

 

Aspectos gerais

 

  • Que idade ele tem?

Thaís tem 18 anos

  • De que maneira ele caminha?

       De forma graciosa, como se estivesse dançando.

  • Como ele senta?

Pernas cruzadas (como se estivesse sentada no chão) e postura relaxada.

  • Como é sua voz?

Doce e suave, sem o sotaque nordestino das outras pessoas da favela.

  • Quais tiques ele possui (estalos de dedos, piscar continuamente)?

Mexer sempre no cabelo, empurrando para cima.

  • Qual o TOC (transtorno obsessivo compulsivo) ele possui?

Limpar e ajeitar o seu chapéu constantemente

  • É portador de deficiência física ou mental? De que tipo?

Não

  • Com quem esse personagem se parece do seu cotidiano? Por quê? (não citar nomes, falar da função social, ex. com um professor, com minha vizinha)

Esse personagem se assemelha com uma estudante do meu colégio, que possui o mesmo gosto musical e o prazer em cantar sempre nos momentos livres.

  • Como ele se veste?

Roupas típicas de uma jovem habitante de uma favela em um país de clima tropical: shorts, blusas e chinelos. Thaís usa também um chapéu o qual não vive sem.

  • Qual o tipo de música que esse personagem escuta?

Samba, pagode e funk: Zeca Pagodinho, Exaltasamba,

  • Que lugares ele frequenta para trabalhar e para se divertir?

Lugares da própria favela onde mora, onde se encontra com seu grupo de pagode.

  • Em que lugar ele vive no contexto da história?

Na mesma favela onde se passa a maior parte da história (favela dos Reis)

  • A que classe social ele pertence?

Classe pobre.

  • Pertence a alguma religião? Qual?

Ela é católica não praticante

  • Qual a sua profissão? Está interessado ou aborrecido ao executar os deveres de seu ofício (trabalho)?

Ela não tem trabalho fixo, apenas faz apresentações com o grupo do pagode e é o que mais gosta de fazer.

  • Que nível de escolaridade possui?

Completou o ensino médio apenas.

  • Como é formada a sua família e que posição assume na mesma?

Ela mora apenas com sua mãe e seu irmão mais novo. Ela ajuda a mãe com a renda quando pode.

  • É cooperativo ou individualista em suas relações com os demais personagens?

Ela é cooperativa, pois está sempre disposta a ajudar seus vizinhos e amigos.

  • É rebelde ou obediente em relação às autoridades?

Ela segue um comportamento grupal, representa a opinião e a ação da maioria da população, seja ela rebelde ou obediente.

  • Como se relaciona com as pessoas em geral? E com a pessoa amada, caso tenha?

Ela costuma ser carismática e atenciosa com as pessoas da favela (amigos, vizinhos, família, colegas).

 

Situação dramática

 

  • Qual o objetivo principal do personagem?

Representar, cantando, a população da favela em relação aos conflitos do lugar onde vivem.

  • Quais os obstáculos encontrados?

Os problemas enfrentados pelo povo da favela: a tirania de Marreta, a pobreza, não saber em quem acreditar falar a verdade: Jacó Xavier ou Edmilson Reis.

  • Qual o conflito central?

Os conflitos e impactos causados pelas mudanças de chefes da favela dos Reis.

Júlia Oliveira

 

Relato de experiência como atriz

Era de meu conhecimento que a tarefa de atuar não seria fácil: criar, aperfeiçoar e me entregar a um personagem não foi um trabalho simples. Dar vida a um personagem me surpreendeu muito. Esse processo envolve muito da imaginação, disposição e dedicação do ator. A criação de um personagem se inicia com uma lacuna na história a ser encenada, que só pode ser preenchida por uma figura dramática. A partir disso iniciamos um trabalho puramente mental, onde construímos uma pessoa de acordo com o que a situação dramática existente. A criação da minha personagem “Thaís” foi de certa forma trabalhosa, pois ela vive numa realidade muito diferente da minha, em um ambiente no qual eu não pertenço nem frequento. Ela surgiu da necessidade de uma adaptação para o coro da peça original, Édipo Rei,  num grupo de pagode.

 

A minha personagem seria a cantora do grupo de pagode. Tive inicialmente a dificuldade de encontrar uma inspiração, tendo em vista que grupos de pagode são geralmente compostos por homens, busquei alento numa figura masculina, fazendo adequações para uma personagem feminina. A partir do filme “Rio” usei o pássaro Nico como base, sendo ele uma figura alegre, descontraída e apaixonada pela música; era isso que eu idealizava para Thaís. Outro problema encontrado por mim foi a referência a Nico em meu figurino. Escolhi adaptar o seu chapéu de tampinha de garrafa para um chapéu típico de pagodeiros. Superar a vergonha de cantar e atuar em público também foi uma provação. Nunca havia feito nada semelhante e o sentimento ao fazê-lo foi indescritivelmente libertador.

 

Criar Thaís foi mais do que apenas um exercício para a imaginação, terminei me apaixonando pelo trabalho. Poder criar uma pessoa por completo, seus tics, TOCs, personalidade, família e comportamento, me fascinou. Me tornar esse personagem foi algo novo e me fez crescer, ver por uma perspectiva diferente foi realmente inspirador. Desenvolvi um novo olhar crítico, superei medos como o “de palco” que inicialmente foi uma barreira a ser quebrada. Essa experiência foi e está sendo inesquecível, espero poder repeti-la, pois viver uma única vida não basta.

 

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